quinta-feira, 17 de setembro de 2009

402 - Antônio Rühe e seu armazém

É Max Oderich que nos conta esta história:
"No início deste século, existia um armazém de secos e molhados na rua Marechal Floriano, praticamente esquina com Tiradentes, bem defronte à residência da senhora Alzira Oderich. Seu proprietário era o senhor Antônio Rühe.
Junto à calçada, defronte à casa, havia um lindo cinamomo chapéu de sol e, junto à árvore, um banco de madeira provido de forte encosto. Este era o local preferido de nosso amigo comerciante, para controlar o seu negócio. O banco, o encosto e o tronco da árvore reluziam com uma fina camada de gordura ali deixada pelo uso constante. Seu Antônio era um homem de envergadura muito peculiar: pesava cerca de 120 quilos e tinha apenas 1,50 metro de altura. Quando aparecia um freguês, ele perguntava gentilmente o que lhe faltava, indicava com precisão o local onde se encontrava a mercadoria e mandava deixar o dinheiro sobre o balcão ou, conforme o caso, anotava no caderno. Tudo isto sem necessidade de erguer o seu corpanzil do trono. À tarde, o negócio ficava a cargo dos eficientes 35 quilos de dona Maria, sua esposa, pois o seu Antônio" ia até o escritório da fábrica de conservas Oderich, situado na mesma rua, a duas quadras do seu armazém.

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