segunda-feira, 30 de abril de 2012

1369 - Fotos dos cinemas Gaúcho e Aloma


O Cine Gaúcho funcionou nas décadas de 1930 e 1940
O Gaúcho era todo de madeira e tinha galerias nas laterais e ao fundo 


Helmuth Blauth, quando jovem, tocava violino acompanhando 
filmes mudos de antigos cinemas da cidade
O Aloma tinha acentos para 700 pessoas e contava com um mezanino



As fotos acima pertenceram a Wallace Kruse, grande estudioso da história de São Sebastião do Caí. 
Sua neta Lu Bohn  está zelando pelos documentos deixados por seu avô. Uma boa iniciativa. Essas belas fotos dão uma idéia de quantas informações importantes para a história caiense podem estar contidas nos documentos do seu Wallace.
Note-se que a mesma foto que encimava o prédio do Cinema Gaúcho foi transferida para o prédio do Cine Aloma.

Helmuth Blauth, que foi o maior empresário caiense dos meados do século XX, teve sua vida bastante ligada ao cinema. Nascido em 1906, ele aprendeu a tocar violino quando jovem e, na década de 1920, participava do grupo de músicos que animava as sessões de alguns dos primeiros cinemas  da cidade. Fez isto de 1924, no cinema de Otto Weber, até o advento do cinema falado, o que fez ele perder o emprego.
Depois disso ele dedicou-se ao transporte de passageiros em ônibus e ganhou dinheiro para costruir o seu próprio cinema: o Aloma.
Conforme informações colhidas por Helena Cornelius Fortes, o primeiro cinema caiense surgiu por iniciativa do farmacêutico Maméde Borges, que foi também o primeiro proprietário de automóvel na cidade. O cinema funcionou nas dependências do Club Tesoura, do qual ele foi um dos fundadores. O cinema deve ter sido fundado por volta de 1920 e o Doutor Maméde, como o tratavam, ficou na cidade somente até 1923.  É bem provável que o Otto Weber, acima citado, tenha dado continuidade ao cinema de Maméde.
Para completar a relação dos cinemas existentes no Caí ao longo do século XX, falta citar ainda o Cine Brasil, que funcionou no mesmo prédio e com as mesmas instalações do Cine Aloma, no final do século. Com o seu fechamento, o Caí ficou sem cinema por vários anos.
Voltou a ter em 2004, quando foi inaugurado o Centro de Cultura (que conta com uma cabine especial para projeções cinematográficas). Iniciativa do então prefeito Léo Klein.

domingo, 29 de abril de 2012

1368 - Festa da Bergamota

Na década de 1980, a Festa da Bergamota alcançou sucesso espetacular, atraindo para o Caí um movimento nunca visto anteriormente. E nem posteriormente
A primeira Festa da Bergamota foi realizada em Capela de Santana, que era distrito caiense. Foi iniciativa de moradores de Capela e, especialmente, dos dirigentes do Centro de Treinamento da Mecanização da Lavoura (CTML) que lá existia na época.
O prefeito da época, Heitor Selbach, ficou muito impressionado com o sucesso do evento e o oficializou através de Lei Municipal. Ainda no governo de Selbach, em 1971, foi realizada a segunda Festa da Bergamota, mas na sede do município: na praça central da cidade e com repercussão muito maior.  Em 1972 ocorreu a 3ª Festa, já com o município sendo administrado pelo prefeito Bruno Cassel. O sucesso se repetiu, mas ficou decidido que a festa deveria ocorrer de dois em dois anos. A próxima deveria ser, portanto, em 1974. Mas, como 1975 foi o ano do centenário do município, a administração municipal decidiu aguardar mais um ano para a sua realização e dar ao evento um âmbito maior.
A quarta festa, em 1975 foi sucesso maior ainda. Mas a quinta festa só veio a acontecer em 1977, pois o centro da cidade não comportava mais um evento que atraía tanto público e a prefeitura empenhou-se na construção do Parque Centenário para dar-lhe um local adequado. Graças à festa, portanto, o Caí conta com o grande parque situado junto ao centro da cidade.
A primeira festa ali realizada foi a quinta, em 1977. Depois disso, principalmente ao longo da década de 1980, a festa viveu o seu apogeu. Especialmente nas festas de 1984 e 1986, que foram presididas por Gerson Veit.
FESTA GEROU PROGRESSO 
Para a quinta Festa da Bergamota, em 1979, foi construído um pavilhão modesto no Parque Centenário, que serviu para a exposição comercial e industrial. 
Depois da festa, o mesmo pavilhão foi utilizado para a instalação provisória da fábrica de calçados Eran. A empresa funcionou ali por alguns anos, impedindo a realização da festa nos anos seguintes. Mas valeu a pena, pois a Eran cresceu e, mesmo vindo a fechar suas portas alguns anos mais tarde, deu enorme contribuição para o progresso caiense. Suas instalações, e a mão de obra ali formada, foram utilizadas pela fábrica de calçados Azaléia, que teve extraordinária expansão e impulsionou o grande progresso caiense observado nos anos 80 e 90 do século passado.

sábado, 28 de abril de 2012

1367 - Destaque Caiense 2012

O Destaque Caiense 2012 agraciou 14 caienses pela contribuição que deram ao progresso do município
Muitas pessoas se dedicam a fazer o bem para a sua comunidade. Aplicam seu talento e os seus esforços em benefício dos demais, sem pensar em retorno. Fazem muito além daquilo que lhe pedem e do que seria a sua obrigação.
Algumas pessoas fazem isso ao longo de muitos anos, dedicando sua vida ao bem do próximo e, principalmente, dos próximos mais próximos: os seus conterrâneos.
Para esses, a Prefeitura Municipal criou um prêmio que atesta e simboliza o reconhecimento do povo caiense pelo bem que algumas pessoas prestaram à comunidade.
Trata-se do diploma de Destaque Caiense, que foi entregue aos homenageados na noite de 24 de abril de 2012.
O prefeito Darci Lauermann, pessoalmente, fez a entrega dos diplomas numa cerimônia realizada no Centro Municipal de Cultura.
Entre os agaciados, dois ex-prefeito - Mário Leão e Gerson Veit - e outras pessoas que se destacaram por suas atividades públicas. Mas também foram homenageadas duas senhoras que se destacaram pelo exemplo de amor e abnegação, por terem adotado crianças que se encontravam em situação de dificuldade, dando-lhes uma boa perspectiva de vida futura.
Todos, certamente, mereceram a homenagem e servem de inspiração para aqueles que, mesmo sem ter a felicidade de um reconhecimento como esse, estão também se dedicando ao bem do próximo e da comunidade.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

2337 - Mario leão

O doutor Mário e sua esposa Irene, na festa pelas bodas de ouro
MÁRIO CARLOS LEÃO

Mário foi prefeito de São Sebastião do Caí de 1956 a 1959. Foi promotor de Justiça e advogado de 1943 a 2006. Hoje, aposentado, ele tem bastante tempo para recordar dos tempos em que era criança na localidade de Feliz, então distrito de São Sebastião do Caí. 
Seu pai, Marcos José de Leão, era o escrivão distrital e Mário ficou naquela localidade até os 13 anos, quando partiu para estudar em Porto Alegre no Colégio Rosário. Lá ele fez o ginasial e, mais tarde, começou a estudar à noite no Júlio de Castilhos. 
Como era aluno do noturno, sobrava tempo para trabalhar durante o dia. Foi trabalhar então no Cais do Porto, onde era agente da Companhia União Fluvial do Caí. Ainda trabalhando, fez a faculdade de Direito e, ao se formar, veio para São Sebastião do Caí advogar com seu irmão Olavo, que na época , era um dos poucos profissionais do direito na cidade.
Mário é casado com Irene Hoff Leão e tem seis filhos: Janice, Regina, Juliana, Marília, Maria da Graça e Marcos Daniel. Ao se lembrar do tempo em que foi prefeito municipal, o doutor Mário considera a obra mais importante da sua administração o início da eletrificação rural. Segundo ele, “naquela época as condições de energia elétrica eram muito precárias. Eu me lembro que, no Caí, só tinha energia elétrica até o Rio branco. Com isso, eu iniciei o processo de levar luz às comunidades do interior. Foi uma festa”. Neste tempo São Sebastião do Caí ainda abrangia os distritos de Nova Petrópolis, Feliz, Capela de Santana e Portão.

1365 - Marlise Hess Schneck


Marlise com o esposo Egon Schneck
- MARLISE HESS SCHNECK
Nascida em Arroio Bonito, em São Sebastião do Caí, em 21 de janeiro de 1949, Marlise é filha de Walter e Edith Franke Hess. Casou em 07 de dezembro de 1973 com Egon Schneck, então prefeito de Ivoti. Em julho de 76 o casal se mudou para São Sebastião do Caí, onde dois anos depois dedicou-se a atividades de Assistência Social, através da LBA. Em 1982 assumiu a presidência da LBA, onde iniciou entre outras atividades, o trabalho em prol dos idosos.
São mais de 30 anos dedicados a assistência social com trabalho voluntário, onde continua atuando até hoje com o trabalho no Centro Recreativo da Terceira Idade, onde é presidente.
Em seu casamento com Egon Schneck nasceram quatro filhos: Régis, Ronaldo, Cristina e Rafael, que lhe deram cinco netos.

1364 - Gerson Veit

Gerson Veit é empresário e foi prefeito caiense
- GERSON VEIT
Gerson Veit, nascido em São Sebastião do Caí em 19 de junho de 1949, filho de Affonso Egon Veit e Maria Bastian Veit, casado há 37 anos com Zuleica Blauth Veit, com quem teve três filhos Rodrigo, Miguel e Cesar. Seus estudos se iniciaram no Ginásio São Sebastião nesta cidade, onde cursou o primário e o ginásio. Em seguida cursou o segundo grau em São Leopoldo, no Colégio São Luiz, e se formou Técnico em Contabilidade. Após concluiu a faculdade de Ciências Contábeis, na Unisinos, no ano de 1973.
Suas atividades profissionais se iniciaram no escritório contábil de seu Pai em São Sebastião do Caí e se perduraram por um período de 33 anos. Simultaneamente por um período de 18 anos foi gerente administrativo da Empresa Caiense de Ônibus Ltda. Atualmente e já por um período de 32 anos exerce a função de gerente da empresa Ritmo Veículos, sediada em Novo Hamburgo.
Mas atuou bastante em atividades relacionadas com os interesses da comunidade caiense. Ainda jovem participou ativamente das diretorias do Country Tênis Clube e do Esporte Clube Guarani. Igualmente atuou como presidente e posteriormente como membro da  diretoria da Escola Cenecista de Segundo Grau Alceu Masson. Foi escolhido pelo Dr. Bruno Cassel, em 1984 e 1986, para presidir a Festa da Bergamota. Em 1988 foi festeiro do evento anual da Igreja Católica de nossa cidade, a Festa de São Sebastião. Em 1992 concorreu pelo PMDB ao cargo de Prefeito do município, tendo como companheiro de chapa para vice-prefeito o Dr. Bruno Cassel, onde teve êxito na eleição, tendo administrado o município nos anos de l993 a l996. E até hoje atua como membro ativo do PMDB municipal, onde já exerceu diversos cargos na executiva do partido.

1363 - Jacob Christiano Selbach

Jacob Selbach  é engenheiro agrônomo e desenvolve projetos importantes para a região
 - JACOB CHRISTIANO SELBACH
Graduado Engenheiro Agrônomo pela Universidade do Rio Grande do Sul, possuiu mestrado em economia rural pela universidade americana de Wisconsin.
Entre suas atribuições foi de 96 a 98 delegado regional da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul e coordenador técnico do projeto Pro-Ural 2000, aprovado pelo banco mundial. De 2000 a 2003 também coordenou o Programa Federal Banco da Terra, em 66 municípios do estado. Em 2009 foi convidado pela Universidade de Caxias do Sul para lecionar a disciplina de Agronegócios. E há 12 anos é assessor técnico da Associação dos Municípios do Vale do Caí e do Conselho Regional de Desenvolvimento.
Na área cultural é autor dos livros de História da Imigração Alemã e edição de DVDs contando a história de São Sebastião do Caí.

1362 - Olavo Aloísio Steffen

Olavo Steffen é comerciante e líder da sua categoria
 OLAVO ALOÍSIO STEFFEN
Comerciante e líder empresarial caiense. Nascido em Bom Princípio, que na época pertencia ao município de Montenegro, reside em São Sebastião do Caí desde 1958, quando fundou a empresa Olavo Steffen, que veio a tornar-se um dos mais importantes estabelecimentos comerciais da cidade.
Foi secretário municipal na terceira gestão do prefeito Bruno Cassel, nos anos de 1973 a 1977, quando teve participação determinante na implantação do Parque Centenário e no engrandecimento da Festa da Bergamota. O governo do Doutor Bruno Cassel foi fundamental para o desenvolvimento de São Sebastião do Caí principalmente pela atração de empresas para o município. Processo que contou com a decisiva participação de Olavo, como secretário municipal e como presidente da Câmara de Vereadores.
Dirigiu vários clubes sociais e esportivos, inclusive o Esporte Clube Guarany, numa época em que o Clube participava do campeonato estadual de amadores.
Foi fundador do Clube dos Dirigentes Lojistas, hoje Câmara de Dirigentes Lojistas, e presidente por quatro anos, sendo responsável pela promoção de grandes campanhas de prêmios, inclusive do carro zero quilômetro. Além de fortalecer o comércio caiense, as campanhas geraram lucro para a CDL, que possibilitou a compra da sede própria da entidade. Pela sua atuação, mais tarde foi convidado a ser diretor financeiro da Federação das CDLs do Rio Grande do Sul e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas.

1361 - Jacinto Tem Pass

Jacinto Tem Pass: comerciante por vocação
- JACINTO TEM PASS
Nascido na localidade de Piedade, em Bom Principio, em 20 de agosto de 1942, considerado pela sua mãe Sra. Wilma e seu pai Sr Estevão o filho especial, Jacinto José Tem Pass desde pequeno mostrava seu tino para o comércio vendendo os belos vidros de perfumes usados por seus irmãos mais velhos. Com o trabalho no campo ajudando sua família e juntando suas economias, adquiriu cabeças de gado, que foi seu primeiro grande negócio. Aos 14 anos foi para cidade de Feliz trabalhando como vendedor de ternos na alfaiataria Rauber, aos 18 anos serviu o exército em São Gabriel, onde trabalhou como chefe do rancho. Retornando do exército, se instalou em São Sebastião do Caí onde seguiu os estudos e tocou uma fábrica de doces, mas logo adquiriu uma grande área na esquina das ruas Pinheiro Machado e General Osório, para iniciar as atividades com açougue, salão de baile, serraria e a mais tradicional casa de comércio da cidade A CASA TEM PASS. Atua também na área imobiliária, construindo, reformando e alugando casas e salas comerciais, sempre priorizando a beleza e o capricho dos seus prédios e calçadas. E na sociedade dedica-se incansavelmente em atividades da igreja.
Casado com Bernadete, Jacinto Tem Pass é pai de Lisete e Viviane, avô de Paola, Giovani e Daniela.

1360 - Timóteo Rockenbach


Timóteo: o enfermeiro que construiu uma praça
TIMÓTEO ROCKENBACH
Timóteo Romano Rockenbach nasceu em Bela Vista. Aos nove anos de idade começou a trabalhar na agricultura, junto com seu pai, para aumentar as finanças da família. Depois de alguns anos, passou a trabalhar numa olaria, a fim de ajudar os pais e os irmãos. Mas aos 22 anos de idade tornou-se morador de São Sebastião do Caí ao conseguir uma vaga na equipe de enfermagem do Hospital Sagrada Família. Hoje, Timóteo fecha a marca de 41 anos dedicados à saúde da população caiense. O reconhecimento veio através do respeito e do carinho dos pacientes que o consideram um profissional atencioso e competente. Já ganhou 38 troféus de destaque na saúde, no ramo da enfermagem.
Apesar de encantar-se com a área da saúde pública, Timóteo sentia saudade de estar em contato com a terra. Foi assim que surgiu a praça do Loteamento Laux. O projeto público veio da necessidade de deixar um legado, como uma forma de doação ao próximo. É o idealizador, fundador e principal mantenedor da praça da comunidade, que ainda conta com a doação de voluntários que pertencem à comunidade. Ela vem sendo mantida com zelo há 11 anos. Esse é Timóteo Romano Rockenbach, cidadão responsável, competente e dedicado, que trabalha a favor do bem-estar e desenvolvimento da comunidade caiense.

1359 - Luiz Ignácio Santos Borges

Luiz Ignácio é descendente do pioneiro caiense Manoel dos Santos Borges

LUIZ IGNÁCIO SANTOS BORGES
Nascido em 20 de fevereiro de 1941, Luiz Ignácio Santos Borges é filho de Bernadino   e Affosina Borges.Casado com Nair Aurora Zago Borges teve dois filhos Camila e Paulo Ricardo.
Luiz Ignácio Santos Borges cursou o primário na escola do Chapadão, mais tarde o ginasial no Ginásio São Luiz, em São Leopoldo. Também frequentou a escola de piloto civil no Aero Clube de Scharlau, em São Leopoldo, sendo reservista da Força Aérea brasileira, da qual se orgulha tanto. Serviu na 3ª Esquadrilha de Ligação e Observação da FAB.
Foi Patrão da Campeira do primeiro rodeio Crioulo de São Sebastião do Caí, em 1975, sempre esteve presente nas atividades tradicionalistas do município e do estado. Atuando também em outras cidades vizinhas. Desde guri sempre amou e preservou as tradições do município e do estado e sempre será um eterno jovem para São Sebastião do Caí.

1358 - Pio Renato Glaeser

Renato Glaeser recebe seu diploma das mãos do prefeito Darci Lauermann

- PIO RENATO GLAESER


Pio Renato Glaeser, nasceu no dia 1º de fevereiro de 1939, em São Sebastião do Caí, filho de Pedro Emílio e de Margarida Glaeser, casado com Iria Leonor Werner Glaeser, teve 4 filhos: Agnes, Leandro, Jonas e Andréa.
Pio exerceu por 40 anos a função de Tabelião da cidade de São Sebastião do Caí. Em  fevereiro de 60, a convite do senhor Alceu Masson, começou a trabalhar no tabelionato, como auxiliar. Um ano mais tarde foi nomeado ajudante substituto de Tabeliã. No ano de 69 fez a prova para o concurso de tabelião, obtendo o primeiro lugar e foi nomeado Tabelião, aposentando-se em 1º de fevereiro de 2009, por opção voluntária.
Além de exercer a atividade de tabelião, Pio Renato Glaeser, também foi escrivão eleitoral, por diversos anos. Substituia, anualmente, os Oficiais do Registro de Imóveis e do Registro Civil, nos meses de férias ou outros impedimentos. Foi designado por certo tempo a exercer o cargo de Oficial do cartório de Capela de Santana e de São José do Hortêncio. Participou de inúmeros congressos e encontros notariais em cidades e Estados do Brasil.
No exercício das atividades sociais, foi tesoureiro, por muitos anos, da Legião Brasileira de Assistência, do Country Tênis Clube e do Esporte Clube Guarani. Foi sócio do Lions Clube, hoje extinto, participando de vários cargos da diretoria e foi um dos fundadores do Clube Rio da Mata. Participou ativamente da comunidade católica desde jovem. Participou da fundação do Curso de Liderança Juvenil, acompanhando os grupos por diversos anos. Foi um dos primeiros Ministros Extraordinários da Eucaristia da Paróquia, durante cerca de 15 anos.

1357 - Valdemar Variani

Valdemar, com a esposa Irma e a filha Vanessa

- VALDEMAR VARIANI
Valdemar Batista Variani, neto de imigrantes italianos, filho de Constante e Amélia Ravizzoni Variani. Nasceu em Flores da Cunha, na localidade de Travessão Felisberto da Silva, mais conhecido como Linha 60. Estudou até o quinto livro na Escola Duque de Caxias. Abandonou a escola porque não gostava de estudar e preferia ajudar os familiares no cultivo das parreiras e na fabricação de vinho. Em 1960, então com 18 anos, foi servir o quartel na cidade de vacaria na época da Legalidade.
Depois Valdemar demonstrou sua vocação empreendedora, pensando assim em abandonar a colônia e ir trabalhar na cidade, ganhar seu próprio sustento. No entanto, aconselhado por seu tio a voltar para casa, para colônia, que enfrentasse as lutas e que assumisse os negócios da família relacionados a uva e vinho. Valdemar continuou no interior, mas nunca conformou-se com a vida pacata, própria de lugares muito pequenos. E aos 29 anos, Valdemar, juntamente com o seu tio Fiorentino, começou a trabalhar na churrascaria União, ganhando São Sebastião do Caí uma dupla de empreendedores.
Mais tarde foi fundado a Tratoria Di Variani, em 22 de outubro de 1978. Logo após com a possibilidade da estrada passar por de traz do morro do Hospital na localidade do Angico, Valdemar adquire uma área de terras, onde mais tarde construiu o Restaurante Di Variani.
Valdemar é casado com Irma Bulla Varian, relação da qual nasceu sua filha Vanessa.

1356 - Roseli Padilha


Roseli Padilha: vítima das enchentes mas é destaque em solidariedade

- ROSELI PADILHA

Roseli Padilha nasceu em 29 de outubro de 1967. Morou durante grande parte de sua vida no bairro Navegantes de onde se transferiu para o Loteamento popular, agraciada com uma das casas construídas pela prefeitura municipal neste bairro, a fim de acolher as famílias que sofrem com as conseqüências das enchentes. Com a experiência de ter sido acolhida Roseli também quis experimentar a sensação de acolher. Com sua generosidade acolheu em sua casa duas crianças órfãs e com grandes dificuldades. E esta semana, pediu a guarda definitiva dos meninos.

1355 - Eva Salete Branco da Silva


Eva Salete: um modelo de dedicação e amor ao próximo
- EVA SALETE BRANCO DA SILVA
Nascida em 25 de novembro de 1954. Dona Salete, como é mais conhecida no bairro São Martim, é agente da pastoral da Criança, a qual dedicou e dedica boa parte de sua vida e todo o seu ser, com bondade nos olhos e compaixão nas palavras. Salete ainda foi mais longe, dando um passo ainda maior em sua generosidade e entrega, acolheu, através do Programa Famílias Acolhedoras,um menino de seis anos, de frágil saúde mas imensa vontade de viver. Depois de meses de preparação junto aos profissionais do CREAS em nosso município aceitou acolher um pequenino muito especial, com necessidades especiais e que, portanto, só poderia ser recebido por alguém muito especial como a dona Salete.

1354 - Paulo Silveira

O doutor Paulo Silveira: de goleiro a médico



- PAULO WERNEY DIFENBACH DA SILVEIRA

Paulo da Silveira, filho de Homero e Jurema Diefenbach da Silveira, nasceu em Jaguari, morou em Porto Alegre, Pelotas, Portão e São Sebastião do Caí. Cursou sua faculdade de Medicina na Universidade Federal de Pelotas, onde se formou em 1969. Fez residência em Pediatria, no Hospital da Criança Santo Antônio em Porto Alegre, depois fez especialização em medicina do trabalho e de tráfego e terapia do fator de auto-organização.
Nos esportes também teve destaque tendo sido goleiro em vários clubes esportivos, onde disputou 6 anos o campeonato gaúcho profissional, com o apelido de Caramuru.
Iniciou a carreira esportiva no Esporte Clube Força e Luz, de Porto Alegre, após foi campeão pelo Esporte Clube Internacional, onde atuou por 2 anos. Depois atuou 1 ano no Esporte Clube Aimoré, de São Leopoldo. Em Pelotas, foi goleiro do Grêmio Atlético Farroupilha por 6 anos, onde até hoje é considerado um lendário goleiro na zona sul do estado. Aos 28 anos abandonou a profissão esportiva para exercer a medicina.
Foi coordenador do Ministério da Saúde na região do Vale do Caí, por 20 anos, tendo sob sua responsabilidade a execução de políticas de saúde do INAMPS na região. Durante 15 anos, foi chefe da Unidade Sanitária do Governo do Estado, em São Sebastião do Caí. E hoje é diretor médico da Climed Ocupacional, prestando assessoria médica empresarial a inúmeras empresas do Vale do Caí.
Paulo da Silveira tem cinco filhos: Deisy, Daniel e Danilo com Narae Medeiros Caldas, e Tiago e Cezar com Liane Dias dos Santos.

1353 - Renato Klein

Renato Klein fundou o jornal Fato Novo e é um estudioso do Vale do Caí



 RENATO KLEIN

Nascido em Capela de Santana, então distrito de São Sebastião do Caí, no dia 11 de novembro de 1949. Passou a residir em São Sebastião do Caí em 1960, onde estudou no Ginásio São Sebastião. Formou-se em Economia e Jornalismo, pela Universidade do Vale do Sinos, foi comerciante em São Leopoldo e, em 1978, retornou a São Sebastião do Caí, onde em 1981 fundou o Jornal Fato Novo.
Comandou o crescimento do jornal, que hoje abrange todo o Vale do Caí. Dedica-se a pesquisa e a divulgação da cultura regional em múltiplos aspectos, editando blogs sobre a região como Histórias do Vale do Caí, Cluster Vale do Caí, Pró Turismo Caí e Rota Estrada Rio Branco.
É, também, autor dos livros Um Milagre Chamado Tupandi,  A Construção do Paraíso, Bom Princípio e Bernardo Padeiro. Assim como nos blogs, todos abordando o Vale do Cai em seus mais variados aspectos.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

1352 - Destaque Caiense

Carlos Campani foi um dos agraciados  na primeira edição do Destaque Caiense
Em maio de 2011, nos festejos pelo aniversário de São Sebastião do Caí, foi realizada a primeira cerimônia de entrega do Destaque Caiense.
Nove pessoas e seis empresas caienses receberam a homenagem, em cerimônia presidida pelo prefeito Darci Lauermann.

Os agraciados foram
Mauro Afonso Selbach
Ellemer Celestino Juchem
Carlos Antônio Campani
Reinholdo Silvestre Klein
Wallace Otto Kruse
Pércio Piovesan
Carlos Edmundo Blauth,
Elisabetha Augusta Muller Oderich
Flávio Belmonte da Silva


Farmácia Ideal
Casa Adam
Indústria e Comércio Oderich
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica
Mara Theresinha Cornelius Silva
Antônio Osvaldo da Silva


Exceto os dois últimos, que não puderam comparecer por motivo de saúde, todos os demais agraciados receberam o diploma emoldurado e o aplauso do público presente.

1351 - Caiense faz sucesso em Londres, como designer de moda

Michele Hartmann busca a consagração num dos principais centros de moda do mundo


Rochelle Wiseman é uma famosa cantora inglesa, integrante da banda The Saturdays. Para o seu casamento, ela escolheu sapatos confeccionados por uma famosa designer de calçados londrina que se chama Michele Hartmann. Uma promissora criadora de moda que, brevemente estará lançando sua própria marca de calçados.
Não deixa de ser surpreendente saber que esta profissional, que começa a se consagrar no cenário internacional da moda, tenha nascido na localidade de Arroio das Pedras, onde viveu sua infância.
Arroio das Pedras é uma localidade pequeníssima, no interior de Bom Princípio (na estrada para Tupandi). A explicação é necessária porque, mesmo no Vale do Caí, muita gente não sabe onde fica.
Lá moravam os pais de Michele, Océlio e Noeli Hartmann, quando Michele nasceu: 31 de março de 1976. A escolha do seu nome parece que foi uma professia. Sua irmã mais velha viu, numa vitrine, um sapato que a impressionou muito. A sua marca era Michele e o nome acabou sendo o escolhido para batizar a maninha.
Naquela época, a indíustria do calçado estava em alta e seus irmãos trabalhavam no ramo. Um deles, que tinha um atelier de calçados, quando ia visitar os pais levava serviço para fazer. E sua mãe e rimãs, inclusive a pequena Michele, o ajudavam.
Apesar de todos esses prenúncios, Michele estudou para ser professora. Quando ela tinha 17 anos, seus pais se mudaram para o Caí. O pai, também conhecido como Soni, adquiriu o posto de gasolina do bairro Vila Rica. Ela passou, então, a lecionar na escola infantil Pimentinha. Mas não persistiu na profissão. Rendendo-se à sua atração natural pelos calçados, ela ingressou no curso técnico para design de calçados da FEEVALE, em Novo Hamburgo. Ao mesmo tempo, começou a trabalhar numa metalúrgica que produz componentes para calçados.
No ano de 2001, ela foi para a Inglaterra, pensando em ficar lá por seis meses. Mas acabou ficando. Para manter-se, ela trabalhou como babá, mas também passou a criar modelos de calçados para a GVD Trading, uma empresa sediada em Campo Bom que cria e comercializa calçados brasileiros que são exportados para o mundo inteiro, mas especialmente para a Inglaterra.
Em 2005 ela ingressou no London College of Fashion. Ela destacou-se no curso e recebeu convites de renomadas empresas para fazer estágio e para emprego. Atualmente, ainda em Londres, ela conclui a faculdade de Designer de Calçados e já se prepara para lançar a sua própria marca de produtos: a MH, de Michele Hartmann.

domingo, 22 de abril de 2012

1350 - Dom Liro Vendelino Meurer

Dom Liro é natural da localidade de Júlio de Castilhos
Dom Liro Vendelino Meurer (Salvador do Sul, 13 de julho de 1954) é um bispo católico, auxiliar da Arquidiocese de Passo Fundo.
Dom Liro é o terceiro filho de seis irmãos do casal Jacob Edvino Meurer e Ágata Catarina Meurer. Nasceu no dia 13 de julho de 1954, na localidade de Linha de Júlio de Castilhos, município de Montenegro, atualmente Salvador do Sul.[editar]
Vida

Seus estudos primários foram realizados em sua terra natal. Em 1967 ingressou no Seminário São João Maria Vianney em Bom Princípio, onde permaneceu dois anos. Entre os anos 1969 e 1974 estudou no Seminário São José de Gravataí, completando o ginásio e cursando o ensino médio.
Iniciou a Faculdade de Filosofia no Seminário Maior Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Viamão e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
[editar]Sacerdócio

Sua ordenação sacerdotal aconteceu no dia 12 de dezembro de 1981 por Dom Cláudio Colling, sendo o primeiro sacerdote ordenado peloArcebispo de Porto Alegre. Durante seus 27 anos de sacerdócio exerceu as funções de vigário paroquial da paróquia Santo Antônio deEstrela, em 1982, e foi assistente dos seminaristas do Seminário São José de Gravataí.
Nos anos 1984 a 1990 foi diretor e assistente do propedêutico no mesmo Seminário. No mesmo período fez curso de formadores, com especialização em psicopedagogia, no Seminário de Viamão.
Em 1991 foi pároco da Paróquia Nossa Senhora do Mont’Serrat, em Porto Alegre, e diretor espiritual no Seminário São José de Gravataí. De 1992 a 1996, ele foi reitor do Seminário São João Maria Vianey em Bom Princípio.
De 1997 a 2006 foi pároco da Paróquia São João Batista, em Camaquã, e simultaneamente o primeiro vigário episcopal do Vicariato Camaquã-Guaíba, durante três anos.
Em 2007 foi pároco da Paróquia Santa Luzia, em Porto Alegre e em 2008 foi nomeado pároco da Paróquia São Geraldo, em Porto Alegre, sendo que também é assessor eclesiástico do Movimento de Cursilho de Cristandade.
[editar]Episcopado

No dia 14 de janeiro de 2009 foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo auxiliar da Diocese de Passo Fundo com a sede titular deThucca in Numidia, foi ordenado na Catedral Metropolitana de Porto Alegre, no dia 22 de março de 2009. Escolheu como lema de vida episcopal: SERVIR COM ALEGRIA. Foi apresentado a Diocese de Passo Fundo e iniciou suas atividades pastorais no dia 5 de abril de2009.
Desde 2010 é o Bispo referencial da Pastoral Carcerária do Regional Sul 3 (Rio Grande do Sul) da CNBB.


Matéria extraída da Wikipédia







1349 - A obra dos Irmãos Maristas no Brasil

110 anos de presença entre os gaúchos

Passados 110 anos, a Rede Marista compreende 21 escolas, uma universidade (PUCRS), um hospital (São Lucas) e 22 centros sociais. A motivação para o seguimento da Missão legada por São Marcelino Champagnat permanece a mesma desde o princípio: o desejo de transformar a realidade a partir do que há de melhor nos corações e nas mentes de pessoas comprometidas com os valores humano-cristãos.



Uma das paisagens maristas que melhor evidenciam o avanço do tempo:o Instituto Champagnat em 1924 e a Universidade em 2010




Há valores que mudam com o tempo; há outros que transformam o tempo. Celebrar os 110 anos de presença marista na região Sul significa reconhecer a relevância e vitalidade da obra fundada em Bom Princípio, no Rio Grande do Sul, pelos Irmãos Weibert, Marie Berthaire e Jean Dominici em 1900. É esse espírito celebrativo que pode ser visto na Campanha Institucional dos 110 anos de presença Marista no Sul do Brasil que estará sendo veiculada até o mês de agosto.
A missão, que teve início numa pequena escola paroquial, rapidamente produziu bons frutos. Já nos cinco primeiros anos novas fundações começaram a gerar um cenário promissor para a educação católica, fazendo surgir educandários que se tornariam referência no Estado. O crescimento da então chamada Província do Brasil Meridional, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, não era evidente apenas em número de obras, mas também em vocacionados para a vida religiosa marista. Quando do cinquentenário da Rede Marista, em 1950, a atuação dos Irmãos já se estendia a Santa Catarina, Paraná e Moçambique (África). Eram então 516 Irmãos atendendo 18 mil alunos em 37 escolas.
Ação inovadora 
A ação marista no Rio Grande do Sul foi inovadora sob diversos aspectos. A começar pela primeira aula, quando Ir. Weibert propôs que os alunos se dessem o abraço da amizade.Também o clima de amizade entre os educadores e seus alunos deveria ser a regra, o que era uma exceção no contexto da época. Outro aspecto fundamental era o preparo profissional dos Irmãos que, por serem europeus, vinham para o Brasil habilitados para a múltipla docência em áreas, como Cristologia, Mariologia, Moral, Filosofia, Línguas, Química, Física, Ciências Naturais, Matemática, Estudos Sociais, Desenho, Arte, Música e Pedagogia.
Ir. Weibert afirmava que o êxito das escolas dependia da atenção a três orientações do Padre Champagnat: amizade sincera entre professores, alunos e famílias; a seriedade dos estudos com aperfeiçoamento cultural, seu preparo técnico para o processo produtivo, e a profunda dimensão religiosa da vida de cada um. Esses três pilares continuam dando sustentação à tradição educativa marista, passados 110 anos. 
Passado e Futuro 
No contexto de uma instituição de caráter confessional, a preservação do patrimônio espiritual é o elemento chave da tradição; não a tradição no sentido de algo imutável e estático, mas de fidelidade às razões que justificaram o surgimento do Instituto Marista e à finalidade da própria missão. A tradição educativa Marista, é atualizada permanentemente com o passar dos tempos, sofre os efeitos das mudanças, mas também age de modo a transformar o tempo e o espaço, construindo o presente e o futuro.
Assim tem acontecido há 110 anos no Rio Grande do Sul, onde a ação Marista sempre foi criativa e esteve na vanguarda de muitos avanços educacionais e sociais. Hoje, a relevância do trabalho realizado pelos centros sociais e pela PUCRS, por exemplo, são evidências do empreendedorismo e da visão de futuro características da Instituição.
Para o Provincial, Ir. Inácio Etges, não temos apenas uma história para recordar e celebrar, mas uma história para construir. "Deixemo-nos conduzir pelo Espírito para tornar Jesus Cristo e Maria conhecidos e amados formando bons cristãos e cidadãos honrados. Com este olhar e horizonte, o futuro de nossa Província está em nossas mãos. Coragem e confiança total na Providência Divina que rege os passos de nossa história", conclui.
Maria Lúcia Machado, 17 anos, ex-aluna marista e hoje colaboradora da Assessoria de Pastoral da Rede Marista, percebe a obra marista como um ousado sonho que, com muita dedicação, tornou-se reflexo de ensino de qualidade, formação integral e boas vivências que os alunos levarão para sempre em suas vidas. "Se há muitos anos, com poucas condições, a Instituição conseguiu criar profundas raízes nestas terras, podemos crescer muito mais e não ter medo de sonhar, afinal, como diz o sábio, ‘minha sombra se projeta longe, porque o que me ilumina é grande’", completa Maria Lúcia.
Ao pensar sobre o futuro da obra marista, especialmente no Rio Grande do Sul, Ir. Alfredo Henz, 92 anos, destaca que, por vezes, os altos e baixos podem gerar algum tipo de temor nas pessoas. "Temor e desesperança podem existir, mas nenhum desses elementos me perturba; bem ao contrário, são novos modos de ser que se apresentam e temos que enfrentar para que haja renovação. O temor e a desesperança não produzem nada", conclui o Irmão que acompanha a história da Província desde 1928.
Era 2 de agosto de1900...  
...os Irmãos Maristas haviam recém -desembarcado no porto de Rio Grande e, depois de navegar rio acima até o município de Caí, esperavam na Casa Canônica, por uma condução até Bom Principio. Apareceu uma cavaleria composta de uns 200 homens em trajes festivos.
Na retaguarda dessa comitiva vinham algumas viaturas rústicas, típicas da região, conduzidas por gente mais jovem, para carregar os baús e demais pertences dos Irmãos, pois eles vinham "de mudança", trazendo o material que julgavam necessário para a fundação do "importante estabelecimento de ensino" num país que lhes era totalmente desconhecido, conforme declararam na alfândega de Rio Grande.
No mesmo dia, numa quinta-feira, depois do meio-dia, essa caravana se pôs a caminho de Bom Princípio. Os três Irmãos Weibert, Marie Berthaire e Jean Dominici iam na carreta, sob os olhares atentos de seus jovens guias. Pipocavam os foguetes, troavam os morteiros, ecoando pelas quebradas da serrania, anunciando por toda a parte que algo fora do comum estava acontecendo.
Os vigários das paróquias vizinhas e os representantes do Congresso os esperavam diante da igreja matriz, enquanto os professores, cantores e fiéis, formando procissão, foram ao encontro da comitiva. O encontro se deu nas margens do rio Caí, no Passo Selbach.
Entre cantos, música e foguetes, a procissão se transformou em marcha triunfal. Os três Irmãos não estavam acostumados com tanto tiroteio. Parecia-lhes mais uma revolução do que manifestação de apreço. Diziam: "Nossa Congregação nasceu na humildade e na pobreza; hoje estamos sendo recebidos como se fôssemos gente importante. O que diria o Fundador?".
Chegados diante da igreja, foram recebidos pelas autoridades e os "maiorais" da colônia. Feitas as saudações e formulados os votos de boas-vindas, o povo e os Irmãos entraram na igreja ao canto do Grosser Gott Wir Loben Dich (Deus eterno a Vós Louvor), o Te Deum em língua alemã. Ali, prostrados, em profundo silêncio e prece, renovaram sua consagração ao Sagrado Coração de Jesus e de Maria. 


Os pioneiros




Quando o Superior-Geral dos Irmãos Maristas, Ir. Teofânio, solicitou missionários entre Irmãos do Norte da França, muitos responderam positivamente. Foram então escolhidos Ir. Weibert, Ir. Jean-Dominici e Ir. Marie-Berthaire, que se tornariam os pioneiros da obra marista no Sul do Brasil.
Antes do embarque para o Brasil, os religiosos foram ao Santuário do Sagrado Coração de Jesus e dedicaram-Lhe a obra que iriam fundar. Muitas décadas depois, Ir. Weibert assim se expressou: "Se eu me vangloriasse com o crescimento da Província, todos me chamariam de velho louco. Tudo é obra do Sagrado Coração de Jesus e de Maria. Eles têm feito tudo entre nós" .


Matéria extraída do site Maristas Sul



quinta-feira, 12 de abril de 2012

1348 - Léo Hans, de ferreiro a grande empresário

Começando como ferreiro, Léo Hans tornou-se grande empresário.
 Morreu num  baile, dançando com sua esposa
Aos 60 anos, Léo Hans procurava se aperfeiçoar fazendo o prestigiado curso Dale Carnegie

Nascido em 5 de março de 1923, de uma família modesta de agricultores, na localidade de São Benedito, Léo Hans tornou-se o dono de uma importante rede de lojas de ferragens, móveis e eletrodomésticos e, também, de uma revenda de motos.
Começou suas atividades empresariais com uma modesta ferraria, em que fabricava e comercializava enxadas, foices e carretas de boi.
Depois de alguns anos, em 1960, seu irmão Arlindo entrou de sócio no negócio e a empresa passou a ser conhecida como Irmãos Hans. Outro irmão, Alcido, também trabalhou na empresa por vários anos.
A empresa cresceu e se modernizou aos poucos. Em 1966  iniciou a comercialização de moto-serras, como representante da empresa Comercial Trilho Otero, de Porto Alegre. Bem sucedida na atividade, a Irmãos Hans passou a comercializar outros produtos destinados ao setor rural.
Procurando sempre expandir o seu negócio, Léo Hans passou a fabricar bases de ferro, desintegradores de milho e conjuntos de serra. Já naquela época, era prioridade a assistência técnica aos seus clientes. O que o ajudou a fidelizar e aumentar a sua clientela.
Em 1974, a loja abriu sua primeira filial, em São Sebastião do Caí, já comercializando móveis e eletrodomésticos, além de microtratores Yanmar. A loja era comandada por Rubi Loef, que era genro de Léo Hans. Em 1977 foi aberta mais uma filial, esta na cidade de Feliz e, nos anos seguintes, as filiais de Salvador do Sul, Ivoti, Estância Velha, Novo Hamburgo, Portão, Montenegro, Nova Hartz e São José do Hortêncio.
No ano de 1980, a empresa recebeu troféu da Stiihl, por ser uma das dez maiores revendedoras das motosserras desta marca. Ganhou, também, uma viagem à Alemanha, onde visitou a matriz da Stihl.
Em 1982, a empresa passou a ser concessionária das Motos Yamaha, setor da empresa que passou a ser dirigida pelo filho e sócio Luiz Hans.
Sempre preocupado em aprimorar-se profissionalmente, Léo fez o Curso Dale Carnegie, que ensina a excelência nas relações humanas e vendas. Ele tinha, então, 60 anos de idade.
Em 1988 as atividades deste empresário de grande visão continuavam evoluindo muito bem. A empresa passou a comercializar tratores Yanmar de quatro rodas e, para isso, abriu nova loja em Montenegro, na RS 240, abrangendo os vales do Caí, Sinos e Taquari.
Mesmo com tanto sucesso, Léo Hans não abandonou os hábitos simples, a sua base familiar e apego familiar. Prova disto é que, na noite de 20 de novembro de 1988, ele participava de uma festa gauchesca, na cidade de Harmonia, onde continuava residindo. Ele dançava com sua esposa, dona Selita, estava pilchado (usando indumentária típica dos gaúchos) quando sofreu um fulminante ataque cardíaco. Neste mesmo ano, a empresa por ele fundada havia completado 40 anos de atividades.
Sua morte não impediu o prosseguimento da empresa, que foi continuada pela família. Em 1997 passou a representar a SLC-John Deere, comercializando seus tratores nos vales do Caí, Sinos, Taquari e Serra. Com isso, a empresa desativou o setor de móveis e eletrodomésticos, passando a dedicar-se exclusivamente à venda de máquinas agrícolas.
No ano 2000 inaugurou filial em Estrela e, em 2001, mais uma filial em Farroupilha, para atender a região da Serra.
Léo Hans e sua esposa Selita Lidia Schuster tiveram cinco filhos: Carmen Maria, Lurdes Maria, Laura, Lúcia, Marcos e Luiz.

terça-feira, 10 de abril de 2012

1347 - Frangosul paralizada

Mil funcionários foram dispensados 






Praticamente nenhum movimento na frente da Doux Frangosul ontem, terça-feira, indicava que a produção no frigorífico estava parada. Nenhum ônibus de funcionários parava e poucos caminhões no pátio. No estacionamento, veículos apenas de funcionários do setor administrativo. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, João Marcelino da Rosa, as atividades estão suspensas no frigorífico desde quinta-feira, dia 5. "O primeiro, segundo e terceiro turnos foram dispensados. São cerca de mil trabalhadores que estão em casa e só no dia 30 de abril devem ser comunicados sobre o retorno", informa Marcelino. Ele cita que os salários dos funcionários estão em dia, mas estão todos apreensivos quanto aos seus empregos. Ainda terá de ser feita uma negociação para compensar os dias parados. "Provavelmente terão que trabalhar em feriados", acredita.

São cerca de 2.200 empregos diretos na Doux Frangosul em Montenegro. E mais os que trabalham no transporte, manutenção, vigilância e os milhares de produtores de frangos. A empresa é a maior do município e da região, sendo também a que mais contribui com impostos (ICMS). Em torno da indústria avícola gira a economia do município, incluindo também o comércio e serviços. São centenas de famílias que dependem deste setor. "Todos estão preocupados", diz Marcelino, citando que apenas o setor de embutidos e empanados retornou, mas com baixa produção. Em Passo Fundo o abate de frangos foi interrompido na última quarta-feira, dia 4, com a dispensa de cerca de 1.500 funcionários. Em Salvador do Sul o incubatório de frangos também está parado.

Negociação para venda
A crise envolvendo a Doux Frangosul tem sido destacada nos principais jornais do Estado. Na Zero Hora foi destacado na capa ontem com o título: “Divida alta. Doux suspende operações até concluir venda”. Já no Correio do Povo a manchete era “Doux negocia operações”. A reportagem do Fato Novo buscou contato, através de e-mail com a S2 Publicom, agência que presta assessoria de comunicação para a Doux. Foi informado que a direção da empresa deverá se pronunciar nesta quarta-feira.

Já havia sido noticiado que a Doux abriu seu capital, com a venda de ações na bolsa de valores, e que negociava a venda de todas as suas operações de abate de aves no Brasil. Também se especula que o grupo brasileiro JBS Friboi, considerado o maior do mundo em processamento de proteína animal, estaria assumindo o controle da Frangosul. Mas nenhuma das empresas envolvidas está se manifestando. O que é comentado é que a negociação estaria bastante adiantada, dependendo apenas de auditoria e definição de valores da compra. Conforme a matéria da Zero Hora, a expectativa é de uma definição nos próximos 30 dias, com a JBS comprando todas as operações de frangos da Doux e assumindo inclusive as dívidas com os produtores. Já a reportagem do Correio do Povo foi mais pessimista, citando que as negociações devem ser finalizadas em 90 dias.
Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag), Elton Weber, a produção só será normalizada quando for confirmada a negociação. Uma carta de intenções já teria sido assinada entre Doux e JBS quando da presença do presidente mundial do grupo francês, Charles Doux, no Estado no mês passado. 

Já o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, em contato com a direção da Doux Frangosul, diz que a produção em Montenegro não parou, se mantendo na ordem de 20 a 30%. E que estaria sendo feito um levantamento por parte de um novo investidor visando definir a transação. “Estamos torcendo por um final feliz que seja bom para todos”, espera. 

Além de Montenegro, toda a região e o Estado aguardam o fim desta verdadeira “novela” que se arrasta por mais de três anos. Para o prefeito de Tupandi, Carlos Vanderley Kercher (Mano), a paralisação das atividades na Doux é, em primeiro momento, uma notícia ruim, contudo, como a situação estava indefinida era necessário fazer algo. 

“Por pelo menos um mês a situação estará indefinida, mas acreditamos que em breve uma nova empresa compre a Doux e assuma a parte que corresponda à criação de aves”, destacou, lembrando que Tupandi é um dos municípios com maior produção no Estado.

Aviários estão vazios
O frigorífico parou devido a falta de matéria-prima. Os produtores não estão mais alojando frangos em seus aviários porque não recebem desde agosto do ano passado. “Até agora não foi informado nenhum cronograma. Enquanto não sair pagamento não tem alojamento”, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Romeu Krug, citando que são cerca de 2.300 produtores integrados que estão deixando seus aviários vazios. Krug diz que alguns avicultores já estão migrando para outras empresas.

Caso os pagamentos comecem em seguida, Romeu diz que serão necessários no mínimo entre 35 a 40 dias para saírem os primeiros lotes. Portanto, só na metade de maio teria frangos para abate. A matéria-prima para o setor de empanados e embutidos estaria sendo buscada junto a unidades de outros grupos. As dívidas da Doux com produtores estão estimadas em R$ 50 milhões, com valores individuais que chegam a R$ 500 mil.

Só no setor de suínos a situação já estaria se normalizando. Após mais de meio ano de atraso, os cerca de 400 suinocultores integrados  começaram a receber a segunda e última parcela. Os pagamentos estariam sendo feitos pela Brasil Foods (BRF), grupo que resultou da fusão entre Sadia e Perdigão. Entretanto, não existe uma posição oficial da Doux e da BRF sobre a negociação envolvendo o frigorífico de suínos de Ana Rech (Caxias do Sul), pois o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia vetado a venda. Por isso o controle está ocorrendo apenas de forma supervisionada. E a unidade de perus da Doux em Caxias do Sul foi adquirida pela Marfrig em 2009. Mas restam ainda unidades de abate de frango da Doux em Montenegro, Caxias, Nova Bassano, Passo Fundo e Caarapó (Mato Grosso).

1346 - Miss Gay

Malu Bismark é a atual detentora do título
O concurso Miss Gay vem sendo realizado no Caí há décadas. Surgido da iniciativa de dois gays assumidos que hoje não vivem mais na cidade,  o concurso tornou-se um marco de afirmação dos homossexuais caienses. A existência do concurso significava que os gays tinham o direito de afirmar e expor livremente a sua maneira de ser.
Os pioneiros realizadores foram Adejair Silva e Renato Balsemão, o mais famoso cabeleireiro caiense da época: as décadas de 1980 e 90.
Adejair havia conquistado, antes, popularidade como colunista do jornal Fato Novo e realizador do concurso Garota Verão (antes da RBS TV).
Prestigiados, os dois pioneiros ousaram realizar o concurso Miss Gay numa pequena cidade. E foi um sucesso.
Adejair e Renato acabaram procurando seus caminhos em outras terras, mas deixaram a semente da luta pelo reconhecimento do direito a ser diferente e da necessidade de que todos se respeitem, tenham a natureza que tiverem.
O concurso ocorreu várias vezes, mas teve a sua realização interrompida, até porque os dois pioneiros partiram para outras terras (no estado do Espírito Santo).
Mas eles deixaram o seu legado e o concurso voltou a ser realizado no segundo lustro da primeira década do terceiro milênio. A realizadora foi, então, Nilce de Lima, que (depois de dez anos de paralização) promoveu duas edições do concurso. Sempre com boa receptividade do público.
Graças ao engajamento dos seus promotores e a compreensão de pessoas de bem, inclusive autoridades públicas, o Miss Gay - apesar das dificuldades decorrentes de ser o evento de uma minoria - sobrevive e está programada mais uma realização.
Ela acontecerá no dia 19 de maio, sábado, no Ginásio de Esportes II do Parque Centenário, com início às onze horas da noite.
As inscrições já estão abertas, com a organizadora Jô Rodrigues, que ganhou (ganhadora do título de Segunda Princesa, na penúltima realização do concurso). Como as demais participantes e organizadoras do concurso, Jô é uma trabalhadora. Ela foi funcionária da Azaléia por 21 anos e depois trabalhou na Qix, por seis anos. Seu telefone é 96615502.
Jô está bastante confiante quanto ao sucesso do evento, pois vários travestis caienses e de cidades da região já se animaram a participar. Alguns de São Leopoldo e outras cidades da Grande  Porto Alegre também já mostraram interesse. Interessadas podem se inscrever para o concurso na Casa da Cidadania, com Michel Platini.
Além do concurso, o evento terá música para dançar e animação de um grupo de pagode e música eletrônica. A prefeitura apóia a realização do evento que é, acima de tudo, a afirmação de uma realidade: nem todos são iguais, mas todos merecem ser respeitados nas suas diferenças.