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Outra importante função deste portão era a de controlar a movimentação dos escravos, nos limites da Feitoria do Linho Cânhamo, bem como impedir ou controlar o contato dos mesmos com as comunidades locais.
Nesse período, a atual Rua Julio de Castilhos era apenas uma picada e foi nas proximidades do arroio que ergueram o histórico portão.
O local ficou conhecido por ser muito usado como referência, pelos viajantes e tropeiros, além da população local. Nas proximidades do dito portão os viajantes costumavam parar e descansar as tropas. Era nas águas limpas do Arroio Portão (na época denominado arroio Correa) que esses viajantes se abasteciam de água e descansavam, para depois, seguirem viagem, tanto os que iam rumo a serra, quanto os que seguiam em direção a capital ou litoral.
Segundo registro bibliográfico, nos primeiros tempos o portão ficava trancado, sendo aberto por um guarda, que morava nas proximidades e controlava o fluxo de transeuntes.
Pouco antes da chegada dos alemães, a principal produção da Feitoria do Linho Cânhamo (1) havia sido encerrada.
Desta maneira, foi possível utilizar como alojamento as benfeitorias nela existentes e que, por sinal, serviram como abrigo inicial para os imigrantes alemães que chegaram em 1824. As plantações dos escravos forneceram os primeiros gêneros alimentícios para os imigrantes.
1 - Fibra vegetal que servia para fazer cordas e velas para embarcações.
Capítulo do livro Conhecer para Amar e Respeitar a Nossa História, editado pela prefeitura de Portão
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